Aprovado em medicina, jovem de 13 anos recebe convite para tornar-se pesquisador
O adolescente Caio Temponi, de 13 anos, se tornou o mais novo estudante a ser classificado em processo seletivo de medicina no Brasil. Caio Temponi foi aprovado na última edição do vestibular da Universidade de Fortaleza (Unifor), mas não para por aí. Além disso, ele passou em primeiro lugar para o curso de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ.
O adolescente já havia sido classificado em primeiro lugar no vestibular para Administração na Universidade Estadual do Ceará (UECE) e, em 2021, também ficou em primeiro lugar no exame da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), em Barbacena (MG), acertando todas as questões. Agora se prepara para o concurso do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
O currículo de aprovações segue logo de acabar. É que, ainda neste ano, o estudante foi medalha de ouro na 28ª Olimpíada Internacional de Matemática de Maio, na categoria até 13 anos. Ele concorria com estudantes de outros 12 países e foi o único brasileiro a conquistar tal façanha e, de quebra, alcançou a maior nota do exame, 44 pontos, contra 34 dos segundos colocados.
A família e o estudante são naturais de Três Rios (RJ), já moraram em Juiz de Fora (MG), mas, hoje em dia, vivem no Ceará.
Qual carreira seguir?
Caio tem diversas opções de carreiras a seguir ainda sem ter completado o ensino médio. Ele poderia recorrer a uma decisão judicial para autorizar sua proficiência educacional, mas prefere aguardar.
“Minha meta é fazer diferentes provas para ter mais conhecimento. Ainda tenho tempo para pensar nas possibilidades”, disse.
Qual a rotina de estudos que resulta em tantas aprovações?
A rotina do estudante, como parece óbvio, é bastante diferente da maioria dos outros adolescentes de sua idade.
Segundo Caio, ele costuma estudar até dez horas por dia, mas por vontade própria. Ele gosta de literatura, boa música e sempre está atento às novidades tecnológicas. “Saber de coisas novas sempre me deixa bastante feliz”, contou.
Pela facilidade com conteúdos e na aprendizagem como um todo, o garoto pulou várias séries e se formou no ensino médio neste ano, mas afirma “não ter pressa”.
Momentos de diversão
Apesar da dedicação impressionante aos estudos, o estudante ainda encontra tempo para se divertir, o que para os pais, é essencial. Além das peladas com os amigos, o torcedor fanático do Flamengo e fã incondicional de Zico costuma jogar xadrez e pingue-pongue com o pai.
Os pais, sempre preocupados com o futuro do garoto, apoiam suas decisões, mas não escondem a apreensão.
“Medicina garante uma boa estabilidade financeira, mas a pessoa não tem vida, é trabalho dia e noite, a pessoa tem que estar preparada o tempo todo para dar más notícias”, explicou a mãe, dona de casa Laurismara Temponi, 41 anos.
Bom, o futuro de Caio tem tudo para ser de ainda mais conquistas. Com o apoio dos pais, decisões bem tomadas e como ele mesmo afirmou “sem pressa”, para viver cada fase, mesmo sendo, desde já, um vitorioso.
Ingresso na pesquisa científica
Após acompanhar o progresso de Caio, Fabiano de Abreu Agrela, PhD neurocientista, chefe do departamento de Ciências e Tecnologia Logos University International, UniLogos, nos Estados Unidos, o convidou para integrar sua equipe de pesquisadores.
“No Brasil há uma falta de pesquisadores, principalmente bons e criativos. O Caio tem sede de conhecimento e aprende muito rápido”, conta Agrela, ao explicar os motivos para o convite.
As pesquisas realizadas na área da saúde, desde já tem motivado Caio a continuar na área científica, sempre com o apoio de seus pais. “Quando ele foi convidado pelo doutor Fabiano e sua equipe para participar de pesquisas, ficamos bem animados e estamos ao seu lado, apoiando essa nova fase de vida”, destacam eles entusiasmados por seu filho poder fazer a diferença no mundo através da pesquisa. “Foi maravilhoso receber o convite, me deixa bastante feliz e motivado para fazer o meu melhor”, diz Caio.
O futuro à Deus pertence
Desejando desde pequeno ser juiz federal, Caio se vê, atualmente, dividido entre medicina e direito, mas não tem pressa para escolher. Apoiando o filho em suas decisões, Laurismara e Antônio, ainda que tenham preocupações comuns a qualquer mãe e pai, dedicam-se para que o jovem colha os frutos no futuro. “Eu desejo no futuro mais investimento na educação, para podermos melhorar cada vez mais o nosso país”, espera o jovem.