BBB: conheça a ciência por trás de como relacionamentos tóxicos afetam a saúde mental

Parte do Brasil está novamente ligada em acompanhar um dos realitys show mais famosos da TV: o Big Brother. Mas o BBB deste ano está expondo um caso que está longe de ser um fato isolado no país, que é o relacionamento abusivo/tóxico.

Os protagonistas são a atriz Bruna Griphao e o administrador Gabriel. Na noite deste domingo, inclusive, o apresentador Tadeu Schmidt chegou a intervir na situação ao dar uma verdadeira lição de moral nos brothers e alerta-los que alguns limites estão prestes a ser excedidos.

“O Gabriel chegou a dizer: ‘Daqui a pouco você levará umas cotoveladas na boca’. Isso não se diz nem de brincadeira”, criticou Tadeu.

Após a repercussão, muito tem se falado sobre as consequências de uma relacionamento abusivo. O Pós PhD Neurocientista e mestre em psicologia Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela comentou as discussões, lembrando do estudo Whitehall II e que trata dos aspectos negativos de relacionamentos íntimos e doenças cardíacas.

“É uma situação estressante – e nem é só para os dois envolvidos. O estresse pode aumentar quase todos os problemas de saúde, como problemas cerebrais, de tireóide, imunológicos e de peso”, relembrou inicialmente.

“Além do já dito, podemos citar também o estudo Whitehall II, que é um marco de pesquisa que acompanhou mais de 10.000 pessoas por mais de 12 anos e que confirmou que a ligação entre relacionamentos tóxicos, estresse e saúde é real”, adendou.

Segundo Fabiano, o estudo publicado na Jama aponta que aqueles que estavam em relacionamentos tóxicos corriam maior risco de desenvolver problemas cardíacos, incluindo morrer de ataques cardíacos e derrames, do que aqueles cujos relacionamentos íntimos não eram negativos.

“Os humanos adaptaram algo chamado Resposta Transcricional Conservada à Adversidade (CTRA) e um tipo de expressão gênica associada à inflamação e baixa imunidade”, destacou.

Para Fabiano, se você estiver sendo perseguido por um predador, o CTRA permite alguns benefícios úteis a curto prazo, como maior cura, recuperação física e maior probabilidade de sobrevivência.

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