Praça de Serra Negra recebe Consuelo de Paula e o show Maryákoré

A cantora e compositora mineira Consuelo de Paula dá sequência à série de apresentações gratuitas por cidades paulistas com o show Maryákoré, nome de seu sétimo álbum solo, lançado no final de 2019.

No dia 22 de abril, sábado, tem apresentação gratuita na Praça Prefeito João Zelante, na cidade de Serra Negra, às 18 horas. O espetáculo tem Consuelo de Paula (voz, violão e percussão) acompanhada pela percussionista Priscila Brigante.

Além de apresentar seu disco recente, em composições como “Maryákor锓Arvoredo”, “Os Movimentos do Amor” e “Saudação”  o roteiro traz ainda músicas fundamentais, gravadas ao longo de sua trajetória, entre as quais: “Rainha (Tema da Cachoeira)”, de Tambor e Flor“Retina” e “Dança Para Um Poema”, de Dança das Rosas“Caicó” (cantiga recolhida por Villa-Lobos) e Piedra y Camino” (Atahualpa Yupanqui), de seu DDV Negra; e “Adeus, Guacyra” (Hekel Tavares e Joracy Camargo), que ela gravou no disco Canta Inezita. Entre outras novidades, Consuelo também interpreta vários temas de congadeiros e moçambiqueiros de Minas Gerais (cultura que permeia toda sua obra).

Estas apresentações integram o projeto Maryákoré, de Consuelo de Paula, contemplado pelo ProAC, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, no Edital Nº 16/2022 – Música Popular / Circulação de Espetáculo.  O show já passou por Campinas e Jundiaí, em março, e a próxima parada será em São Bento do Sapucaí (28/4, às 20h), no Espaço Cultural Eugênia Sereno – Casarão da Memória. As demais datas da circulação serão divulgadas oportunamente.

O CD Maryákoré

Maryákoré é uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos. O título pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano). Além de assinar todas as composições, Consuelo é responsável pela direção, pelos arranjos e violões e por algumas percussões. É nítida no disco a harmonia entre Consuelo e sua música, com sua poesia, expressão e estética apresentada. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, nota-se a artista imersa em sua história: vida e a arte integrada às canções. O violão, seu instrumento de composição, nesse trabalho revela-se também de maneira ousada e criativa, como parte de seu corpo; e como koré provoca as composições ao mesmo tempo em que comanda e orienta os ritmos que dão originalidade à obra. Consuelo gravou o violão e a voz juntos, ao vivo no estúdio, transpondo para o disco a naturalidade e a energia original das canções. Um desafio que pode ser conferido nas faixas: ora o violão silencia as cordas para servir de tambor, ora se ausenta para deixar fluir a voz à capela. Em outros momentos as cordas produzem somente um pizzicato para acompanhar o movimento da melodia e, às vezes, soa como percussão e instrumento harmônico.

Consuelo de Paula

Com oito discos gravados, Consuelo de Paula é cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora musical. Possui músicas gravadas por Maria Bethânia (“Sete Trovas” – CD Encanteria, também lançada em single, em 2021) e Alaíde Costa (“Bem-me-quer” – CD Porcelana, com Gonzaga Leal). Apresentou-se no Gran Rex, em Buenos Aires, foi destaque na capa do Guia Brasilian Music (Japão), que elegeu os 100 melhores discos da música brasileira, e gravou o programa Ensaio, de Fernando Faro (TV Cultura). Consuelo participa dos discos Divas do Brasil (em Portugal, que reúne Elis Regina, Maria Bethânia, Céline Imbert e outras), Senhor Brasil (ao lado de Rolando Boldrin), Prata da Casa (Sesc SP) e Cachaça Fina (Spirit of Brazil). Assina o roteiro de Velho Chico – Uma Viagem Musical, de Elson Fernandes, no qual interpreta “O Ciúme” (Caetano Veloso), considerada a “gravação definitiva” pelo crítico Mauro Dias (Estadão). Entre os projetos que participou, destaque para: Projeto Pixinguinha (Funarte); Elas em Cena, com Cátia de França e Déa Trancoso; Canta Inezita (show e CD); e livro Retratos da Música Brasileira (Pierre Yves Refalo / 50 anos da TV Cultura e 14 anos do programa Sr. Brasil). Sua discografia teve início com a trilogia Samba, Seresta e Baião (1988), Tambor e Flor (2002) e Dança das Rosas (2004), da qual foi lançada a coletânea Patchworck, no Japão. Em 2011, lançou o DVD Negra, seguido pelos CDs: Casa (2012), O Tempo e O Branco (2015), Maryákoré (2019) e Beira de Folha (2020, em parceria com o violeiro João Arruda). Consuelo também lançou o livro A Poesia dos Descuidos, com cartões de arte de Lúcia Arrais Morales.

Serviço

Show: Consuelo de Paula – em Maryákoré

Consuelo de Paula (voz, violão e percussão) e Priscila Brigante (percussão).

Duração: 60 minutos. Classificação: Livre.

Serra Negra

22 de abril. Sábado, às 18h

Praça Prefeito João Zelante. Serra Negra/SP.
Gratuito. Espetáculo ao ar livre.

Próxima apresentação: São Bento do Sapucaí

28 de abril. Sexta, às 20h

Espaço Cultural Eugênia Sereno / Casarão da Memória

Rua Professor Cortêz, 394, Lgo da Matriz, Centro Histórico.

Gratuito – Retirar na bilheteria, de segunda a sexta, a partir das 14h. 50 lugares.

Consuelo de Paula na rede:

Facebook: @paginaconsuelodepaula | Instagram: @consuelodepaula

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