Museu Judaico de São Paulo apresenta “Artistas do Papel: Obras colecionadas por Ruth Tarasantchi para o acervo do MUJ”
Mostra reúne obras que utilizam o papel como suporte para diversas técnicas e destacam o protagonismo feminino no núcleo artístico
O Museu Judaico apresenta, a partir do dia 6 de maio, a exposição “Artistas do Papel: Obras colecionadas por Ruth Tarasantchi para o acervo do MUJ”, que reúne 32 obras de artistas mulheres judias feitas em papel em variadas técnicas, visando destacar a importância da presença de mulheres no núcleo artístico.
É a primeira mostra composta exclusivamente por obras do acervo do Museu. As peças foram coletadas por Ruth Sprung Tarasantchi, curadora e uma das fundadoras do Museu Judáico de São Paulo, que as recebeu como doações das próprias artistas ou de seus familiares, e trazidas à exposição em curadoria conjunta de Felipe Chaimovich.
Os conjuntos das obras tiveram sua organização pensada a partir de categorias de arte acadêmica, tais como retratos, cidades e paisagens, passando ainda por abstrações e também por um conjunto sobre temas da judeidade.
Felipe Chaimovich conclui: “A relevância das mulheres na formação deste acervo inaugural de arte indica a atenção do Museu para com uma história da arte plural e inclusiva, e que aproxime artistas menos conhecidas de autoras consagradas”.
Uma das artistas homenageadas no painel de abertura da exposição é a imigrante francesa Bertha Worms, cuja trajetória artística como primeira mulher a ser professora profissional de pintura em São Paulo no século XX foi estudada por Ruth. Além de Bertha, a exposição traz obras de Fayga Ostrower (doadas por sua filha, Noni), de Hannah Brandt, Clara Pechansky, Miriam Tolpolar, Nara Sirotsky, Paulina Eizirik, Gisela Leirner, Gerda Brentani, Renina Katz, Agi Strauss e várias outras.
Ruth, além de curadora e uma das fundadoras do MUJ, é também pioneira no tratamento de lacunas em exposições quanto a questões de gênero. Na mostra “Mulheres Pintoras”, em 2004 na Pinacoteca, evidenciou – no papel de curadora, a sub-representação de artistas mulheres nas coleções museológicas brasileiras.
Sobre o Museu Judaico de São Paulo (MUJ)
Inaugurado após vinte anos de planejamento, o Museu Judaico de São Paulo é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2023, o MUJ conta com o Banco Alfa e Itaú como patrocinadores e a CSN, Leal Equipamentos de Proteção, Banco Daycoval, Porto Seguro, Deutsche Bank, Cescon Barrieu, Drogasil, BMA Advogados, Credit Suisse e Verde Asset Management como apoiadores.
Serviço:
Museu Judaico de São Paulo (MUJ)
Período expositivo: de 6 de maio a 13 de agosto
Local: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP
Funcionamento: Terça a domingo, das 10 horas às 19 horas (última entrada às 18h30)
Ingresso: R$ 20 inteira; R$10 meia – sábados gratuitos
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida