Projeto Circo-Teatro: eu fui revive a tradiçãoda comédia circense em Monte Mor (SP)

Inspirado no humor caipira de nomes como Mazzaropi, Barnabé e Casquinha, espetáculo será encenado na próxima sexta-feira (25/8), às 10h e às 14h, no Centro Cultural Joaquinzão.
A entrada é franca.

Quando tinha nove anos, o ator e diretor Chico Pepeu conheceu o encantamento debaixo de uma simples lona circense. Tratava-se do Circo do Casquinha, que, em noites quentes ou frias, encenava comédias, dramas e esquetes cômicas envolvendo o palhaço. A fim de reviver aqueles momentos de maravilhamento, além de compartilhá-los com o Respeitável Público, o artista criou o projeto circense itinerante Circo-Teatro: eu fui, em cartaz na próxima sexta-feira (25/8), às 10h e às 14h, no Centro Cultural Joaquinzão, em Monte Mor (SP). A entrada é franca.

Realizada por intermédio do ProAC ICMS, a temporada do projeto Circo-Teatro: eu fui, da Chico Pepeu Produções Artísticas, conta com o patrocínio das empresas Martinrea Honsel, Villagres e Woodbridge e o apoio das prefeituras municipais. Ao todo, serão 26 apresentações espalhadas por 13 cidades do interior de São Paulo, entre as quais Hortolândia, Artur Nogueira, Rio das Pedras, Rafard, Monte Mor, Águas da Prata, São Simão, Caraguatatuba, Nova Odessa, Cabreúva, Itirapina, Cordeirópolis e Americana.

Para trazer o sabor circense à cena, o ator Chico Pepeu, que também assina a direção da montagem, adaptou um espetáculo tradicional do circo-teatro (fenômeno teatral das décadas de 1930 a 1980). Trata-se da comédia Seu Pinto Não Morreu. Antes de qualquer confusão, esclarece: “Seu Pinto é o nome do vizinho da família em que toda a trama acontece. Como, geralmente, essas encenações não tinham um texto escrito, precisei contar com a minha memória para recordar de todos os diálogos. Os que não lembrei, recriei, mas isso faz parte do circo-teatro”, explica Chico Pepeu.

Em resumo, o espetáculo narra a história de um pai ciumento, o Tonico, que precisa conviver com o desabrochar da juventude de sua filha, a Rosinha, que está de namorico com o Nénzinho. “Machista ao extremo, o pai busca controlar todos os passos da filha, mas percebe que está sendo passado para trás. Antes disso, o casal prega diversas peças que o deixa de cabelos em pé e bastante enfurecido. O resultado? Muita confusão em cena”, destaca o diretor, que contracena ao lado dos jovens atores Pedro França (Nénzinho) e Priscila Martins (Rosinha).

Uma comédia circense que se preze precisa conter alguns ingredientes essenciais, não é mesmo Respeitável Público? Vale destacar que a encenada durante o projeto circense itinerante Circo-Teatro: eu fui tem, e tem de sobra. Chico Pepeu seleciona os principais: cenas de esconderijo, enganação bem frente aos olhos, pessoa se passando por santo, piadinhas de duplo sentido e muitas peripécias ao sabor dos palhaços caipiras de antigamente. Por sinal, três deles influenciaram a montagem em cartaz: Casquinha, Barnabé e Mazzaropi.

“Trago desses grandes nomes do nosso humor caipira e circense o modo de interpretar do Tonico, além de toda a inspiração para a criação da maquiagem, que tem aquele bigodinho e o dente cariado, e do figurino, composto de roupa remendada, calça de pular brejo e a botina surrada. Do Mazzaropi, ainda recrio a tradicional espingarda de cano torto usada para matar veado na curva, que era sucesso em seus filmes, entre os quais O Grande Xerife”.

Ao Respeitável Público, Chico Pepeu revela o seu o momento preferido no espetáculo: a cena da sombra. “Para tentar enganar o Tonico, o Nénzinho se torna a sua sombra. Ou seja, tudo que um faz o outro tenta executar, mas de forma desastrada. Trata-se de um número clássico de palhaço de picadeiro, que gera muita graça, mas sem ser apelativo ou ofensivo. A partir da minha memória dos antigos espetáculos circenses, trouxe essas gags e esquetes que estão diluídas ao longo de todo o espetáculo. A nossa missão é fazer rir”.

Para a atriz Priscila Martins, o grande destaque do projeto está na experiência completa de entretenimento proporcionada pelo circo-teatro à plateia. “A montagem é capaz de encantar, surpreender, emocionar e, claro, gerar boas gargalhadas ao público de uma forma única. Além disso, também possibilita a participação ativa dos espectadores, gerando interação e envolvimento nas apresentações. Esse diálogo cria uma atmosfera de conexão e comunidade entre os artistas, os personagens e o público, tornando-se um evento memorável e especial”, destaca a atriz.

Além de fazer a plateia cair na gargalhada, o Circo-Teatro: eu fui traz mais algum propósito, Chico? O ator destaca: “Esse projeto busca trabalhar com a memória. Ao mesmo tempo em que fará os públicos adulto e da melhor idade relembrarem as comédias que assistiam nos cirquinhos, ele proporcionará que os mais novos construam uma nova lembrança, que é a de assistir a um espetáculo circense ao lado de seus pais, tios ou avós. Ao final, todos terão boas recordações para contar”, conclui.

Ficha Técnica

Elenco: Chico Pepeu, Pedro França e Priscila Martins

Direção Artística: Chico Pepeu

Produção: Chico Pepeu Produções Artísticas

Assistente de Produção: Sharlene Bianca

Sonoplastia e Iluminação: Pietro Wallace

Fotografia e Videomaker: Rafael Morales


Duração: 50 minutos

Classificação: 12 anos

Saiba Mais

O quê: Projeto Circo-Teatro: eu fui
Quando: Sexta-feira (25/8), às 10h e às 14h
Onde: Centro Cultural Joaquinzão (Rua Capitão Augusto Steffen, 57, no Jardim Planalto, em Monte Mor | SP)

Quanto: Grátis
Informações | Instagram: @chicopepeuproducoesartisticas

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