CIESP destaca desempenho da indústria e defende ações para ampliar crescimento do PIB

Equilíbrio das políticas monetária e fiscal e redução dos juros são prioritários para que a economia cresça com mais vigor em 2025
Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ressaltou a participação do setor no crescimento de 3,4% do PIB brasileiro em 2024, anunciado pelo IBGE em 7 de março. “Os números mostram que a revitalização da manufatura é fundamental para a geração de empregos, aumento da renda das famílias, expansão da economia e o desenvolvimento nacional”, frisou.
A indústria avançou 3,3% no ano passado, o segundo melhor resultado setorial, atrás apenas dos serviços. “O desempenho foi positivo, mas é preciso ficar alerta ao recorte dos dados referente ao quarto trimestre, quando o aumento do PIB nacional foi menor do que nos três anteriores. Nossa atividade, por exemplo, teve alta de apenas 0,3% no período, no qual normalmente se observa um aquecimento”, ponderou Cervone.
O presidente do Ciesp alertou para a necessidade de se equacionar de modo eficaz a questão do déficit público, medida determinante para a queda da Selic. Segundo ele, o equilíbrio entre as políticas fiscal e monetária é essencial para o vigor da economia. “Esta é uma prioridade em 2025”, afirmou, argumentando que “nenhum país consegue alcançar níveis elevados de crescimento sustentado, pagando uma das mais altas taxas de juros reais do mundo”.
Também é preciso continuar fomentando a agenda da neoindustrialização, com programas como a Nova Indústria Brasil (NIB) e Depreciação Acelerada, e buscar avançar em 2025 na redução do Custo Brasil. “Num cenário global permeado por conflitos e fortemente impactado pelas novas medidas protecionistas dos Estados Unidos, nosso país tem boas oportunidades de ampliar as exportações, conquistar novos mercados e impulsionar a economia. Mas, precisamos fazer a nossa parte para solucionar os crônicos problemas que limitam nosso crescimento”, enfatizou.
Roncon & Graça Comunicações
Jornalistas: Edécio Roncon / Vera Graça