Educador financeiro dá dicas para enfrentar a temporada de compras sem mergulhar em novas dívidas
O combo é forte: Dia das Crianças, Black Friday e Natal. A menos de três meses para o fim do ano, quando as pessoas costumam renovar as promessas de uma vida nova sem dívidas e financeiramente controlada, o comércio chega com um calendário turbinado de bons motivos para gastar. E não tem jeito. Nesta época do ano, é praticamente impossível passar ileso aos apelos dessas datas comemorativas.
Se a intenção é assumir de vez o controle das finanças pessoais no próximo ano, que tal começar a preparar o terreno agora? A temporada -Dia das Crianças-BlackFriday-Natal- pode ser um desafio interessante para quem quer aprender a manter o controle do orçamento, mesmo nos momentos em que o comércio fica mais apelativo, com um marketing bem agressivo.
Para o educador financeiro Rogério Araujo, com foco e estratégica é possível garantir o presente das pessoas queridas, em cada data, sem mergulhar no sufoco de novas dívidas. “A dica principal é planejamento. Ter ciência do quanto você pode gastar e não cair nas armadilhas do marketing que muitas vezes levam as pessoas a gastar mais do que elas podem”, orienta.
Além das orientações clássicas, como pesquisar e evitar as compras por impulso, o especialista ensina algumas práticas, que vão te ajudar a economizar dinheiro na hora de ir às compras. Confira.
Evite as parcelas – se a ideia é gastar pouco, antes de sair de casa defina o quanto vai gastar e prefira pagar com dinheiro, no cartão de débito ou no pix. O educador financeiro explica que quando o pagamento é feito de forma parcelada, no cartão, no cheque ou no boleto, o consumidor reduz a culpa da dor do pagamento. É uma falsa sensação de segurança que leva o consumidor a gastar mais já que ele não está vendo, concretamente, a carteira ficar vazia.
Proteja-se do efeito manada – quando uma pessoa se deixa levar pelo comportamento de outras ou de um grupo ela está sob o efeito manada. E isso ocorre muito no varejo, em épocas de promoção e nas compras de última hora. “Se está todo mundo comprando, eu também vou aproveitar e comprar. Isso é um comportamento bastante comum entre os consumidores. Por isso, evite os horários de maior movimento. E reflita antes de comprar. Os horários mais tranquilos favorecem uma compra mais racional”, afirma Rogério.
Não caia na pressão do vendedor – você não é obrigado a comprar determinado produto porque foi bem atendido ou experimentou. É importante ter consciência que faz parte do trabalho do vendedor prestar um bom atendimento. Só compre se você estiver 100% satisfeito com o produto.
Compra X Hora trabalhada – o educador financeiro explica que uma estratégia que ajuda na compra consciente é calcular quantas horas você precisa trabalhar para comprar determinado produto. “Ao estabelecer esta relação, do valor do seu trabalho com o valor do produto que será comprado, o consumidor entende melhor se aquela compra realmente vale a pena”, finaliza.