Fisioterapeutas da Rede de Saúde de Nova Odessa passam a visitar pacientes de Oxigenioterapia em casa
Por Diretoria de Comunicação da Prefeitura de Nova Odessa/SP
Desde julho, a equipe de Fisioterapia do Setor de Reabilitação da Rede Municipal de Saúde de Nova Odessa vem promovendo visitas periódicas aos pacientes que necessitam de Oxigenioterapia domiciliar – ou seja, que tiveram prescrição para uso de cilindros de oxigênio em casa, na maioria dos casos após enfrentarem a Covid-19. O trabalho determinado pela direção da Secretaria Municipal de Saúde é executado em parceria pelas equipes de Fisioterapia e do Serviço Social da Rede, que é quem faz a dispensa (a “entrega”) dos cilindros de oxigênio aos pacientes atendidos pelos médicos do Município.
Desde o início de setembro, esses pacientes são visitados ao menos uma vez a cada quatro semanas. Os fisioterapeutas orientam os exercícios de reabilitação que devem ser feitos e verificam e atualizam os níveis de oxigênio necessários. Em casos mais agudos, essa frequência é maior, até mesmo semanal.
“Os fisioterapeutas Carla Basso e Kaio Oliva estão fazendo um excelente trabalho neste último mês, visitando os pacientes que fazem uso de oxigênio em domicílio”, elogiou a secretária-adjunta de Saúde, Sheila Moraes.
Olive explicou que, como a demanda de pacientes tanto do Hospital quanto da UR (Unidade Respiratória) que usam cilindros de oxigênio em casa tem “sido muito alta, alguns estavam desassistidos, sem retorno ou proposta de atendimento”. “Por isso, por solicitação da secretária-adjunta, fomos a campo e visitamos todos os pacientes que estavam cadastrados e com cilindros em casa”, apontou o profissional.
No início dos trabalhos, eram 69 pacientes, mas após 30 dias esse total baixou para 34, depois novamente para 30 na última semana. As visitas têm sido realizadas as terças e quintas-feiras.
“O uso do oxigênio é uma terapia. Alguns pacientes são de uso crônico, mas a maioria não”, acrescentou. De acordo com a equipe, alguns pacientes estavam sem assistência nenhuma havia muito tempo.
“Os pacientes e familiares precisavam de orientações sobre o uso do O2, pois o objetivo é ir reduzindo até que seja retirado, nos casos que são possíveis”, explicou a fisioterapeuta Carla Basso.
“Isso também gera uma economia, pois os cilindros são alugados. Porém, mais do que isso, eles passam a ter uma referência sobre o procedimento, a saber como agir até que fiquem sem este acessório”, acrescentou Sheila.
Com essa ação, veio ainda o uso correto do produto. Oliva comentou que alguns pacientes estavam utilizando cinco litros por minutos, que foi a recomendação que receberam ao terem alta, porém poderiam já ter reduzido esse volume para dois ou três litros por minuto, de acordo com a melhora do quadro de saúde. “Essa redução é importante, não há prejuízo no tratamento, ao contrário se usa em excesso pode fazer mal”, comentou o fisioterapeuta.
ATENÇÃO
Outro ponto positivo é que, durante as visitas, o profissional que identifica que o paciente tem alguma necessidade adicional pode acionar a equipe da Atenção Básica – como foi o caso de um idoso que precisava de agendamento com um médico clínico geral para depois ser encaminhado a um cardiologista.
“Esse trabalho é de extrema importância. Cria-se um vínculo entre o domicílio e as UBSs, que busca atender outras demandas, gerando assim uma assistência mais integralizada. É o cuidado do Município com o cidadão. O objetivo do trabalho é cuidar do paciente”, completou Sheila Moraes.
Antes, não existia nada neste sentido. “O pedido de oxigênio em domicílio era feito a assistente social, que providenciava a entrega e mantinha a troca dos cilindros. Agora, a gente visita, orienta, passa exercícios, faz caminhada, de acordo com a necessidade de cada paciente”, disse o profissional.
O próximo passo deste trabalho é revisitar os pacientes e realizar a coleta de exames. “É um trabalho contínuo”, finalizou Kaio Oliva.