Orquestra Petrobras Sinfônica apresenta obras de Liduino Pitombeira e Gustav Mahler na Sala São Paulo
Concerto, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, faz parte da Turnê 2023
Sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, a Orquestra Petrobras Sinfônica sobe ao palco da Sala São Paulo, em 3 de fevereiro (sexta-feira, às 20h30), para apresentar as obras “Redenção – Micro-poema sinfônico em quatro movimentos ininterruptos, op. 273”, de Liduino Pitombeira, e a “Sinfonia nº 1, em Ré maior, ‘Titã'”, de Gustav Mahler. O concerto faz parte da Turnê 2023 que, até julho, passará também pelo Espírito Santo, Paraná, Brasília, Goiás e Pernambuco, com diferentes programas.
Encomendado pela Orquestra Petrobras Sinfônica ao compositor cearense Liduino Pitombeira, “Redenção”, que estreou no ano passado na Sala Cecília Meireles (RJ), será apresentada pela primeira vez em São Paulo. Segundo o autor, a obra retrata um quadro da situação mundial nos dias de hoje, especialmente no Brasil. “A ideia central da composição é o fluxo que parte de um momento trágico que gradualmente se transforma em uma possibilidade de esperança e redenção. Essa metamorfose coordena todos os gestos em termos melódicos, harmônicos, rítmicos e texturais”, conta Pitombeira.
Para o maestro Isaac Karabtchevsky, a ideia de destino, apresentada na obra, revela as mazelas que surgiram ao longo dos anos, mas que, culturalmente, trouxeram uma transformação única. “Se a pandemia que tem assolado a todos, produziu devastação e angústia, provocou, por meio das artes, uma resposta criativa. É como se, apesar do mal, o ser humano fosse capaz de responder utilizando sua capacidade inventiva. Foi assim desde Da Vinci até recentemente Pitombeira, com o micro-poema sinfônico em quatro movimentos: Destino, Pesadelo e Morte, Esperança e Ressurreição?”, analisa o maestro Isaac.
Criada entre 1887 e 1888 para ser inicialmente um poema sinfônico, a “Sinfonia nº 1”, assim como as nove composições de Gustav Mahler que compõem o ciclo das sinfonias, é uma obra de caráter grandioso não apenas pela orquestração, mas também por sua potência sonora. No palco, um corpo orquestral robusto, formado por 90 músicos, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, interpreta a sinfonia, conhecida também como “Titã”, inspirada no personagem heroico do romance homônimo do escritor francês Jean Paul Richter, bastante popular à época.
“Independentemente das várias influências extra-musicais que são atribuídas a Mahler e a sua Primeira Sinfonia, as que prevalecem, e se mantêm através do tempo, são aquelas que provêm da própria construção da sinfonia, no limiar do século XVIII, até sua evolução plena com Beethoven, Brahms, Schumann e Bruckner. Acrescente-se, outrossim, a influência marcante de Wagner, figura proeminente na transição para o século XIX, para compreendermos o invólucro harmônico e estrutural da obra-prima de Mahler”, contextualiza o maestro Isaac Karabtchevsky. “Nesta sinfonia, está implícito o conceito do Sturm und Drang (tempestade e ímpeto) presente nas obras literárias como reação ao Iluminismo e que representava a vitória da emoção sobre a razão”, completa o maestro, que não esconde sua fascinação pela obra de Gustav Mahler.
Para o clarinetista Cristiano Alves, um dos diretores artísticos da Orquestra Petrobras Sinfônica, executar uma obra de Mahler é sempre um acontecimento grandioso. “É um compositor que o público admira muito. Ele revolucionou completamente a escrita sinfônica, com composições eloquentes que exigem formações suntuosas, com variedade e quantidade de instrumentos”, descreve. “O maestro Isaac é um especialista na interpretação mahleriana. Ele domina vastamente o repertório e já regeu diversas vezes o conjunto de todas as suas sinfonias em concertos no mundo inteiro. O público pode esperar uma interpretação inspirada da Orquestra Petrobras Sinfônica neste concerto tão aguardado”, garante o músico.
Programa:
Orquestra Petrobras Sinfônica
Isaac Karabtchevsky, regente
LIDUINO PITOMBEIRA
Redenção: micro-poema sinfônico em quatro movimentos ininterruptos, op. 273
I. Destino
II. Pesadelo e morte
III. Esperança
IV. Ressurreição?
GUSTAV MAHLER
Sinfonia nº 1, em Ré maior, “Titã”
I. Langsam. Schleppend
II. Kräftig, bewegt, doch nicht zu schnell
III. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
IV. Stürmisch bewegt
Serviço:
Orquestra Petrobras Sinfônica
Local: Sala São Paulo – Praça Júlio Prestes, 16 – Campos Elíseos
Data: 3 de fevereiro (sexta-feira), às 20h30
Duração: 70 min. Lotação: 1.294 lugares.
Ingressos: https://petrobrassinfonica.byinti.com/
Sobre a Orquestra Petrobras Sinfônica
Aos 48 anos, a Orquestra Petrobras Sinfônica se consolida como uma das mais conceituadas do país e ocupa um lugar de prestígio entre os maiores conjuntos musicais da América Latina. Criada pelo maestro Armando Prazeres, a orquestra se firmou como um ente cultural que expressa a pluralidade da música brasileira e transita fluentemente por distintos estilos e linguagens. Tem como diretor artístico e maestro titular Isaac Karabtchevsky, o mais respeitado regente brasileiro e um nome consagrado no panorama internacional.
Site: https://petrobrasinfonica.com.br | Facebook: @PetrobrasSinfonica | Instagram: @petrobras_sinfonica | Youtube: @OPESinfonica
Modelo de gestão
A Orquestra Petrobras Sinfônica possui uma proposta administrativa inovadora, sendo a única orquestra do país gerida por seus próprios músicos.
Sobre a Petrobras
Patrocinadora oficial da Orquestra Petrobras Sinfônica há 35 anos, a Petrobras oferece uma parceria essencial para mantê-la entre os principais conjuntos da América Latina, sempre desenvolvendo um importante trabalho de acesso à música clássica, de formação de jovens talentos egressos de projetos sociais diversos, bem como de formação de plateia. Ao incentivar diversos projetos, a Petrobras coloca em prática a crença de que a cultura é uma importante energia que transforma a sociedade. Por meio do Programa Petrobras Cultural, apoia a cultura brasileira como força transformadora e impulsionadora deste desenvolvimento, nas áreas de artes cênicas, música, audiovisual e múltiplas expressões.