Projeto da CPFL Energia avalia segunda vida de baterias de veículos elétricos
O estudo, em parceria com o CPQD e a BYD, está em fase final e aponta possibilidades de reaproveitamento em outras frentes
Tecnologias de veículos exclusivamente movidos a bateria, ou combinadas com motores a combustão, ganham espaço na descarbonização da indústria automotiva. No entanto, a bateria utilizada nesses modelos, duram em média de oito a dez anos, depois deixam de atingir a carga necessária e afeta a performance do carro.
Dar uma segunda vida às baterias e reaproveitá-la em outras aplicações, para que desempenhem seu papel com eficácia, é o foco do projeto desenvolvido pela CPFL Energia, em parceria com o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) e a montadora BYD e ele já começa a colher resultados: publicação de três patentes, algoritmos que estimam e verificam o comportamento da bateria auxiliando na segurança, proposição de normas técnicas e dados laboratoriais que comprovam a possibilidade de segunda vida dessas baterias.
O projeto faz parte da chamada pública da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) voltado à criação de soluções na área de mobilidade elétrica eficiente. A proposta visa desenvolver produtos de armazenamento de energia a partir das baterias que são inutilizadas, aplicando em fontes renováveis de geração de energia, serviços ancilares e outros sistemas de armazenamento.
“Com o projeto de segunda vida, é possível que a bateria tenha mais vida útil, estima-se entre 5 e 10 anos – na segunda aplicação, para diferentes usabilidades, como o armazenamento de energia gerada por sistemas fotovoltaicos e outras fontes intermitentes, ou como backup em estações de telecomunicações, por exemplo”, pontua o gerente de Inovação da CPFL Energia, Rafael Moya.
A prova de conceito vem sendo realizada no Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes (labREI), localizado na Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC), na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que possui toda infraestrutura e equipamentos que permitem avaliar tanto o desempenho do sistema de armazenamento composto por células de bateria de segunda vida provenientes de veículos elétricos, quanto a associação aos painéis fotovoltaicos instalados no prédio.
Para poder avaliar o modelo de negócio de baterias de segunda vida foram realizados diversos ensaios laboratoriais, desenvolvimento de hardware e firmware, empacotamento mecânico, desenvolvimento de algoritmos com a inclusão de técnicas de Inteligência Artificial e estudos econômicos. A conclusão do projeto está prevista para dezembro desse ano.
Sobre a CPFL Energia
A CPFL Energia atua no setor elétrico nos segmentos de distribuição, geração, transmissão, comercialização e serviços. O Grupo faz parte da State Grid, estatal chinesa que é a segunda maior organização empresarial do mundo e a maior empresa de energia elétrica, atendendo 88% do território chinês. Em 2022 a companhia completou 110 anos mostrando que está pronta para os desafios do futuro.
Focada em uma forma mais sustentável de produzir energia, tem na CPFL Renováveis uma das maiores empresas de geração da América Latina a partir de fontes alternativas, com um portfólio baseado em fontes limpas como grandes hidrelétricas, usinas eólicas, térmicas a biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e usina solar. Em geração, é a terceira maior agente privada do País, com capacidade instalada de 4.303 MW.
Com 14% de participação, a CPFL Energia é uma das maiores empresas no mercado de distribuição, totalizando mais de 10 milhões de clientes em 687 cidades, entre os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Na comercialização, é uma das líderes no mercado livre, com participação de mercado de 4%. É líder na comercialização de energia incentivada para clientes livres entre as comercializadoras.
A CPFL Energia possui ações listadas no Novo Mercado da B3. O Grupo também ocupa posição de destaque em arte e cultura, entre os maiores investidores brasileiros, por meio do Instituto CPFL.