RJ: Paço Imperial apresenta exposição Loio-Pérsio – Poética da imagem

Abertura 28 de novembro, 18h30

A exposição Loio-Pérsio – Poética da imagem reúne uma seleção representativa da primeira etapa do projeto de catalogação da obra do artista Loio-Pérsio Navarro Vieira Magalhães [1927–2004]. A mostra compõem 111 pinturas, desenhos e estudos produzidos desde a década de 1950 até o início dos anos 2000. 

Diferentes nuances, tendências e trajetórias são percorridas pelo artista revelando ao grande público o que lhe parece mais essencial: a sua liberdade criativa, a alma de viajante, a pluralidade de sua obra. 

A  pesquisa apresenta um mapeamento do movimento poético de Loio-Pérsio com base em sua  experiência no abstracionismo brasileiro, cujo auge foi a década de 1950.  Nessa trajetória  pode-se  perceber a prática do desenho figurativo ao realismo crítico, seguindo para as primeiras experiências com a pintura abstrata a partir de 1957 (trabalhos “biomórficos”), chegando à sua abordagem do informalismo, às pinturas-colagem e superfícies com incisões e queimados, e encerrando com os “esgrafitos” – os grafismos e situações “quase-geométricas”.

Segundo o curador da mostra Luiz Eduardo Meira, “persistência, ressurgência e autoafirmação se constituem em toda obra de Loio. Nos quatro últimos anos de sua vida, Loio-Pérsio produziu não só diversos trabalhos e cerca de 150 estudos que esclarecem e resumem o percurso de sua pintura, como também muitas páginas manuscritas, nas quais buscou sintetizar seus pontos de vista sobre a arte”.

Serviço:
Exposiçao Loio-Pérsio – Poética da imagem
Abertura dia 28 de novembro de 2019, 18h30
Temporada de 29 de novembro de 2019 a 16 de fevereiro de 2020
Paço Imperial – Praça XV de Novembro, 48 Centro – Rio de Janeiro / tel  21 2215- 2093
De terça a domingo, das 12h às 19h
Entrada Franca

Mais sobre o artista

Loio-Pérsio Navarro Vieira de Magalhães nasceu em Tapiratiba, SP, em 1927. Em 1951 fundou o Centro de Gravura do Paraná. Com o prêmio de viagem ao estrangeiro, concedido pelo Salão Nacional de Arte Moderna em 1963, viajou para a Europa onde encontrou afinidades com pintores espanhóis como Tàpies e Saura. Foi convidado a trabalhar na Escola Superior de Arte de Stuttgart, na Alemanha em 1965. Em 1970 integrou o júri de seleção e premiação do Salão de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Entre 1975 e 1976 viajou para Roma, Londres e Paris, onde tornou-se pintor residente na Fundação Karoly em 1975. A trajetória do artista, seu olhar atento sobre o desenho e a cor, as arestas com a crítica, a proximidade com os pintores espanhóis, os Salões Nacionais e as Bienais, seu método de trabalho, a problemática da pintura, demonstram que Loio-Pérsio foi um artista que viveu radicalmente sua pintura desde o tempo em que ela ensinava, em suas palavras, novas formas de olhar e de ver o mundo. Se há uma metodologia na poética de Loio-Pérsio, esta fundamenta-se no desenho em analogia à abstração musical: “começo pelo desenho” […] e “como a música, a pintura é o desenvolvimento de um tema, que eu chamo de motivo. Um motivo formal”. Entre as mostras das quais participou, destacam-se:  Bienal Internacional de São Paulo entre 1959 e 1989; Salão Nacional de Arte Moderna no Rio de Janeiro entre 1959 e 1969; 11º Bienal de Paris, 1962; Bienal de Veneza, 1969; Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal de São Paulo em 1994. Entre os prêmios concedidos a Loio-Pérsio, destaca-se em 2000 – Prêmio Pollock-Krasner Foundation.

Fonte: LEAD Comunicação – Flávia Tenório 

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